quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bertulino

Lá se vai Antônio Bertulino
Com a chupeta do poder na mão
Seguindo sempre seu trágico destino
Que o trans¬formara num político chorão

Fazia tudo conforme aprendera outrora,
Dando ouvidos à voz de velho pai,
Paga-se a ausência do amanhã com o auxilio de agora
Enganado o tolo que, com lamentos, sempre cai

E lá se vai fingindo importar-se com quem enganou
Deixando pra trás tudo que ficou
Querendo convencer-se de que quer para tais o não pior
E não é que se importe, mas assim mente melhor

Fazendo discursos melancólicos e plausíveis
Com eloqüência herdada de sua avó Bertuliana
E esta dizia pra sermos e não sermos insensíveis
Afinal, Bertulininho, quem não chora não mama.

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