As vezes sinto
saudades...
Saudades daquele
tempo, bons tempos
Tudo era belo,
infinito em cores, perfeito.
As árvores
ofereciam suculentos frutos.
E o vento?
Há! Ele sempre
acariciando meu rosto,
Revigorando as
forças,
Tornando-me
disposto.
Corrida entre as
flores do campo...
Prefeito.
Anoitecer? Sim,
mas antes mamão coloca seu filhinho na cama e...
É lindo vê-lo
pegar no sono.
Agora faz frio e
que doce ar gelado que me toca,
Que me faz parar
de pensar e me conformar com o perfeito.
A propósito,
nunca viu-se tantos perfeitos:
Nascer do dia
perfeito,
Caminha até o
lago? Perfeita,
Beijo de
namorada perfeito,
Cruzar de mãos
perfeito...
Não!
Desculpe,
preciso parar...
E que são muitas
as saudades.
Saudades daquele
tempo
Que existe onde
não há existência,
Mas lá onde
surgem as existências.
Lugar desprovido
do real.
Sinto saudades
desse tempo passado,
Tempo tal qual
não vivi
Exceto na minha
mente
Que tão ingênua
se ilude.
Definitivamente,
sinto saudades,
Mas a
responsabilidade não me deixa fechar os olhos.
Imensas
saudades,
Mas preciso
afirmar quem sou.
Não, apesar das
saudades
Pro mundo da
irrealidade...
Não quero
voltar.
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"Conhece-te a ti mesmo."