sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Saudades


As vezes sinto saudades...
Saudades daquele tempo, bons tempos
Tudo era belo, infinito em cores, perfeito.
As árvores ofereciam suculentos frutos.
E o vento?
Há! Ele sempre acariciando meu rosto,
Revigorando as forças,
Tornando-me disposto.
Corrida entre as flores do campo...
Prefeito.
Anoitecer? Sim, mas antes mamão coloca seu filhinho na cama e...
É lindo vê-lo pegar no sono.
Agora faz frio e que doce ar gelado que me toca,
Que me faz parar de pensar e me conformar com o perfeito.
A propósito, nunca viu-se tantos perfeitos:
Nascer do dia perfeito,
Caminha até o lago? Perfeita,
Beijo de namorada perfeito,
Cruzar de mãos perfeito...
Não!
Desculpe, preciso parar...
E que são muitas as saudades.
Saudades daquele tempo
Que existe onde não há existência,
Mas lá onde surgem as existências.
Lugar desprovido do real.
Sinto saudades desse tempo passado,
Tempo tal qual não vivi
Exceto na minha mente
Que tão ingênua se ilude.
Definitivamente, sinto saudades,
Mas a responsabilidade não me deixa fechar os olhos.
Imensas saudades,
Mas preciso afirmar quem sou.
Não, apesar das saudades
Pro mundo da irrealidade...
Não quero voltar.

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"Conhece-te a ti mesmo."